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VÓRTICE

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Instalação com bacias.

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Os objetos de Marco do Valle dão a impressão que funcionariam, mas não se sabe bem como e onde. Negam a função familiar e original de suas partes, mas guardam trechos de um pensamento construtivo e operativo. (…) São situações familiares às do pesadelo, onde os opostos se tornam intercambiáveis: o repouso em movimento, o contínuo em descontínuo, o líquido em sólido, o continente em conteúdo. (…) Seus trabalhos são antes uma paródia, mais melancólica que irônica, do mundo dos utensílios e dos instrumentos, e sobretudo do pensamento operativo da ciência – praticamente eficaz, mas teoricamente restrito a seus “dogmas” – quando debruçado sobre a matéria e seus enigmas.
 

(Alberto Tassinari – “Pesadelos da Razão”, 1984)

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